Aconteceu na noite de terça-feira, dia 30 de agosto, mais uma etapa de elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do município de Piranguçu. A Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, realizou uma apresentação, na Câmara Municipal, com o objetivo de ouvir a população sobre ações e planejamentos propostos dentro do plano. O secretário municipal de meio ambiente, Antônio Raimundo Mendonça Rennó, explicou que esta é a etapa do prognóstico, onde são apresentados alguns levantamentos e expostos algumas propostas de ações. “Trouxemos um retrato atual da cidade e também um cenário futuro para os próximos 20 anos. Consideramos que Plano vai virar lei no ano que vem, 2017, então vai até 2037 esta projeção”, comentou o secretário. Ele explicou que o Plano foi feito via CIMASAS – Consórcio Intermunicipal dos Municípios da Microrregião do Alto Sapucaí, com recursos da Caixa Econômica, geridos pelo FAPEPE – Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). Os estudos foram feitos de acordo com o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Entre os pontos abordados na apresentação, que foi conduzida pela engenheira ambiental, Mônica Nakashima, com apoio de professores da Unifei, estava a metodologia de trabalho utilizada e as informações que serviram como base de dados para a pesquisa. “Fizemos, por exemplo, o diagnóstico da rede de esgoto atual e uma projeção populacional para avaliar a garantia do acesso ao saneamento básico com qualidade”, explicou Mônica. Entre os destaques da explanação, foi informado que o abastecimento de água pela Copasa abrange 100% da zona urbana e cerca de 75% da zona rural no município. Que a cidade não tem tratamento sanitário de esgoto, e que as redes antigas ainda lançam dejetos nos córregos da cidade. “Com isso identificamos a necessidade de novas instalações e tratamento de esgoto como umas principais ações futuras”, disse Mônica, que também propôs a instalação de fossas sépticas monitoradas na zona rural. Sobre resíduos sólidos urbanos foi explicado que o descarte é feito no Aterro Sanitário de Itajubá, e que, com a adesão de novos municípios no CIMASAS, a vida útil do mesmo foi reduzida. E que a coleta seletiva deve ser fortalecida para reduzir o volume enviado para o Aterro. Sobre novas construções e loteamentos, foi sugerido a normatização de projetos, como por exemplo, dos dispositivos de drenagem. Ao abrir espaço para a comunidade, a audiência pública teve registros de algumas manifestações, via escrito. Um cidadão solicitou, por exemplo, a revisão da projeção do crescimento populacional, considerando a existência de novos loteamentos na cidade. Outro cidadão pediu na execução do Plano seja considerado que no bairro Ipiranga os moradores não têm interesse no serviço da Copasa. As próximas etapas serão audiência para apresentar os projetos e ações para curto, médio e longo prazo. O Plano Municipal de Saneamento Básico, após sancionado em forma de Lei, deverá ser revisto a cada quatro anos. nosso Flickr Flickr
Secretário Antônio Raimundo Mendonça Rennó durante abertura da audiência
A engenheira ambiental. Mônica Nakashima, durante sua explanação
